Com bastante conhecimento nesta área da psiquiatria, o Dr. Augusto Cury desenvolveu a teoria da síndrome do PIB – Padrão Inatingível de Beleza. Ele afirma que a indústria cultural produziu uma sociedade de consumo “inumana, que usa o corpo da mulher, e não sua inteligência, para divulgar seus produtos e serviços, gerando um consumismo erótico” (2005, p.7). A eles interessam pessoas insatisfeitas consigo mesmas, pois isso gera uma ansiedade que contribui significativamente para que elas sejam mais consumistas.

As mulheres que possuem essa síndrome nunca se acham bonitas o suficiente.

Cury comenta, em seu livro, que em 2002 o The British Journal of Psychiatry publicou um artigo que mostrava o impacto da TV na mudança dos hábitos alimentares e comportamentais das mulheres da ilha Fiji, no Pacífico, após os três primeiros anos de exposição à TV. Os pesquisadores puderam detectar que após as nativas passarem a ver mulheres magras e de “beleza incomum” – que é o padrão mostrado nas mídias -, elas começaram a fazer dietas e a apresentar transtornos alimentares como a anorexia e bulimia, praticamente inexistentes até então.

Augusto Cury explica que a inteligência é multifocal, ou seja, possui múltiplos fenômenos que se entrelaçam e que o registro de nossas experiências na memória não depende da vontade humana. Todos os pensamentos, emoções, fantasias e imagens são experiências psíquicas que são arquivadas automaticamente em nosso cérebro. Após serem registradas, essas imagens não podem mais ser apagadas e constroem janelas que nos fazem interpretar a vida e tudo o que acontece ao nosso redor. O que abre cada uma dessas janelas também são fenômenos inconscientes que ele chama de “gatilho da memória”, e que são acionados por estímulos externos, principalmente os sons e imagens.

A partir dessa teoria, toda vez que a mulher é exposta à imagem de uma modelo supermagra apontada como exemplar, essas imagens vão formando zonas de conflitos. Essas janelas vão se agrupando e extinguindo a autoestima da mulher.

Assim, quando a leitora de uma revista, por exemplo, vê a foto de uma atriz que usa roupas, joias, sapatos, xampus, celulares e perfumes que gostaria de ter, ela registra não só os objetos como também o corpo da atriz.

A produção dessa beleza tão desejada é composta por várias partes: a roupa, os cabelos, o andar, o cheiro, os valores e etc., sendo que cada uma dessas partes tem sido trabalhada para se adequar a um padrão inatingível de beleza feminina.

As mulheres encontram-se então, frente a um leque de exercícios, regimes e tratamentos estéticos para conseguirem obter o resultado ideal: ser magra.

Não existem mulheres gordas em outdoors, não existem mulheres gordas nas capas das revistas e nas novelas elas nunca são personagem principal, logo, é como se também não existissem. A mídia cria uma falsa ideia de que o mundo é magro, entretanto, as pessoas que vemos diariamente nas ruas é bem diferente das modelos na capa das revistas. O mundo está recheado de mulheres normais, mulheres que estão acima do peso considerado ideal e que não possuem os corpos esculturais aos quais somos levados a buscar.

Essas mulheres são reais e constituem a maioria, afinal, por mais belas que sejam as modelos, elas também contam com os artifícios da tecnologia para torná-las ainda mais bonitas.

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